A arrecadação federal em Minas Gerais apresentou mais um resultado positivo em fevereiro. Na comparação com igual mês do ano anterior, houve um avanço de 11,6%, alcançando o valor de R$ 9,06 bilhões. Com o resultado mensal, a alta acumulada no primeiro bimestre é de 20,71%. Entre janeiro e fevereiro, o Estado já arrecadou R$ 26,7 bilhões. Entre os impostos recolhidos, o maior valor, em fevereiro, veio do Imposto sobre a Renda – Total, com uma arrecadação de R$ 2,23 bilhões e alta de 19,9% frente a fevereiro de 2021. Os dados são da Receita Federal do Brasil (RFB).

No Brasil, ao longo de fevereiro, foi registrado crescimento real de 5,27% na arrecadação total de impostos frente a igual mês do ano passado, atingindo patamar recorde de R$ 148,66 bilhões. No período, Minas Gerais respondeu por 6,09% do total recolhido no País.

De acordo com o advogado tributarista Tadeu Saint’ Clair, a arrecadação de impostos em Minas Gerais deve continuar em alta, não somente dos impostos federais, mas dos estaduais também. 

“Existe uma tendência geral de que a arrecadação em Minas Gerais continue a crescer. Isso deve ocorrer, principalmente, com o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), em razão da inflação, que aumentou os preços dos produtos, inclusive dos combustíveis”, disse. 

Considerando apenas a receita administrada pela Receita Federal, que engloba a coleta de impostos de competência da União, a arrecadação, em Minas Gerais, apresentou alta de 11,42% no mês passado e somou R$ 9,01 bilhões. As receitas administradas por outros órgãos, R$ 49,4 milhões, subiram 64,8%.

No acumulado do ano, o valor administrado pela Receita Federal já alcançou R$ 26,6 bilhões, aumento de 20,6% se comparado com a receita de R$ 22 bilhões arrecadada em Minas entre janeiro e fevereiro de 2021. Mantendo a mesma base de comparação, as receitas administradas por outros órgãos cresceram 453,7% e movimentaram R$ 94,5 milhões. 

Imposto de Renda

Ao longo de fevereiro, foi registrada elevação de 19,9% no Imposto sobre a Renda – Total, o que gerou ganhos de R$ 2,23 bilhões. No ano, a alta ficou em 28,3% e o valor foi de R$ 10,1 bilhões. O Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) foi o que apresentou a maior alta, 21,8%, e gerou uma arrecadação de R$ 1,2 bilhão em fevereiro. O resultado elevou em 34,5% a arrecadação do IRPJ no primeiro bimestre (R$ 7,6 bilhões).

O Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) alcançou R$ 183,2 milhões em fevereiro, alta de 13,8% na comparação mensal. No ano, o IRPF acumula queda de 18,23%, com a arrecadação de R$ 391,8 milhões.

Conforme os dados da RF, o recolhimento da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) em Minas somou R$ 1,2 bilhão no mês passado, 3,02% maior que em fevereiro de 2021. No ano, o imposto já movimentou R$ 2,5 bilhões, 5,27% a mais que no primeiro bimestre de 2021.

A contribuição para o Programa Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) em fevereiro chegou a R$ 400,3 milhões, variação positiva de 2,22% frente ao segundo mês do ano passado. No primeiro bimestre, a arrecadação do PIS/Pasep ficou em R$ 851 milhões, o que mostra um aumento de 6,36%.

O imposto sobre importação foi responsável pela arrecadação de R$ 105,8 milhões no segundo mês do ano, valor que ficou 33,5% inferior aos R$ 159,4 registrados em fevereiro de 2021. No ano, já foram arrecadados R$ 241,4 milhões, decréscimo de 21,4%.

Queda também no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Total. Enquanto em fevereiro de 2021 foram registrados R$ 724,9 milhões, em igual intervalo deste ano o valor ficou em R$ 684,9 milhões, retração de 5,51%. No primeiro bimestre, a arrecadação do IPI soma R$ 1,52 bilhão, 5,28% maior.